Profissionais da rede municipal de Jangada anunciam paralisação de três dias
Assembleia delibera paralisação dias 6,7 e 8 de maio, com indicativo de greve, caso a prefeitura permaneça ignorando as pautas dos educadores
Publicado: 29/04/2025 15:32 | Última modificação: 29/04/2025 15:32
Escrito por: Roseli Riechelmann

Os profissionais da rede municipal de educação do município de Jangada (70 km de Cuiabá), deliberaram paralisação de três dias - 6, 7, 8 de maio – caso a prefeitura não apresente a contraproposta às reivindicações entregues aos gestores em fevereiro. A deliberação foi aprovada durante a Assembleia Geral, convocada pela subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), nesta terça-feira (29/04).
A presidente da subsede do Sintep/Jangada, Célia Costa, relata que a insatisfação da categoria já havia sido anunciada há pelo menos três meses. “Foram várias notificações por ofícios, na tentativa de iniciar uma negociação para as perdas salariais que reduzem 40% dos salários. Cobramos realização de Concurso Público, pois o quadro da educação no município é composto por mais de 70% de pessoal contratado”, destaca.

Conforme Célia, a política de apadrinhamento impera no quadro de gestão escolar, o que intensifica a prática de assédio moral, devido à ausência de gestão democrática. A luta é também pelo processo de escolha dos diretores e mais, pela inclusão de funcionários do transporte escolar na carreira.
O debate realizado contou com a participação do diretor regional do Sintep-MT, da Baixada Cuiabana, professor Ricardo Assis. Em uma das intervenções, o dirigente ressaltou o descaso do prefeito com a categoria, pois foram inúmeras as tentativas de abrir o diálogo para avançar naqueles que são direitos dos profissionais e dos estudantes, pois “a qualidade da educação passa por valorização profissional”, afirmou.

Os trabalhadores das escolas estão insatisfeitos e desmotivados com a precarização estabelecida na educação municipal, e apontam que se permanecerem sem resposta da Prefeitura, haverá nova assembleia para tirar o indicativo de greve.
A presidente da subsede recorda ainda, que, a categoria cumpriu com o estabelecido no prazo solicitado pela prefeitura, quando a administração pediu que pudessem fazer uma avaliação orçamentária para avaliar a viabilidade financeira e debater as pautas. Contudo, o prazo venceu em 15 de abril, sem respostas. E, como foi anunciado anteriormente: “a categoria não recuará”.